Pronuncio palavras que nem eu mesma sei o que querem dizer, elas tomam vida própria dentro de mim... São gritos, gemidos, dores de odores, vindos da carniça podre de meus medos. Às vezes tomam forma de fantasmas, de mortos sepultados aqui dentro do peito, já tão atordoado de tanto sofrimento... Qual parte de mim terá que morrer?! Esta que agora vos fala nada é além dela mesma, uma menina presa em suas meias... Meias formas de se negar a ser dos outros, quem deu o poder de querer tê-la por propriedade? Sou um pássaro livre, preso na liberdade dos outros, que tiveram sua liberdade presa nas mãos de quem achavam ser seus donos. Presa estou, mas livre vou estar... Não há correntes que me impeçam a felicidade plena conquistar!!!