20 de dezembro de 2012

Ele, isso, quer dizer, essa coisa...


"Óh, são restos... Pobre alma atormentada pela dor e suplicio de não conhecer em si utilidade alguma. É uma espécie de homem que rasteja em sua insignificância tal qual um verme, asqueroso, sujo, repugnante... Sua existência putrifica o valor que é dado a vida... Ele, isso, quer dizer, essa coisa..."

13 de setembro de 2012

Talvez Ella


Talvez Ella, se pudesse novamente tocar sua mão, olhar dentro dos teus olhos e me ver refletido neles...


Talvez Ella, se pudesse encontrar consolo colocando minha cabeça sobre teu peito...

Talvez Ella, se pudesse sentir seu cheiro doce e sem maldade alguma...

Talvez Ella, se pudesse te ver tão mais perto que meus olhos pudessem vislumbrar tua presença...

Talvez Ella, se pudesse sentir ainda que pela última vez o frescor da lavanda sobre tua suave pele branca...

Talvez Ella, se ao fim de tudo pudesse te acompanhar por toda vida, seria teu pra sempre e você seria minha. Óh minha doce noite de inverno de 1900 e seus porquês...

15 de abril de 2012

Ser feliz...

Seria o fato de se querer ser melhor do que se é numa dimensão positiva para com as pessoas que te rodeiam? Seria se descobrir infinitamente envolvida no calor de sensações até então desconhecidas? Seria estar contente por saber que você tem feito algo realmente bom porque colocou seu coração naquilo? Seria se doar pelos seus ideais, não importando-se com as injúrias e má vontade de alguns poucos? Seria chegar a um ponto onde lhe faltam palavras para retratar todo o sentido do que se vive agora? Bem, quanto o que é cientificamente felicidade não sei, mas na minha concepção, ser feliz é um misto de tudo isso com todo o resto que a vida te oferece. 


A verdadeira felicidade nunca está longe de você... Ela te abraça, te ampara quando tropeças, te conforta quando há quedas, te aquece do frio da solidão, conta uma piada pra te fazer sorrir, te acaricia para que sintas a Tua presença. A verdadeira felicidade jamais te abandonará e essa felicidade plena está em Deus. "Pense Nisso!" 


(Cássia Gomes)

8 de abril de 2012

A poetisa e seu silêncio

"Sou poetiza no silêncio de meus pensamentos, sou profeta no ardor de meus devaneios, sou aprendiz na loucura do dia a dia, sou a amante no escuro de uma noite fria, sou uma humana repleta de falhas, sou um tudo no momento em que sou um nada, mas sobretudo, sou um querer infinitamente enlouquecido por não aceitar ser ser um alguém já definido. Sou insistente, persistente, por isso jamais desisto... Foco, fé, força e coragem - Alimento para Vencer!!!" 


4 de março de 2012

E da vida, o que vou levar?




Levo comigo o sorriso sincero, despertado com o afago de sua mão entre os meus cabelos. 

Levo comigo o sussurrar de suas palavras junto ao meu ouvido. 

Levo comigo a lembrança do deslizar de nossos lábios. 

Levo comigo a fragrância de sua pele que senti no transpirar do teu suor. 


Levo comigo o teu olhar doce, teu sorriso gentil que muito me fez acreditar que nada é por acaso. 

Levo comigo o som das suas gargalhadas, a sensação do toque de seus dedos sobre minha pele. 

Levo ainda a verdade do que há tanto desconhecia... Que a felicidade é consequência das ações que praticamos na vida do outro, que a entrega embora que talvez um tanto incerta, ainda se é possível nela acreditar. 

Embora o tempo passe, embora o tempo voe, eu e você aqui hoje é a prova que repudia qualquer desconfiava de que sentimentos fortes e verdadeiros poderiam estar a rarar. 

Então vou eu lá, viver te levando comigo, pra onde a vida nos levar.


26 de fevereiro de 2012

Afinal, o que é isso?!



Não denominemos...


Não definemos com termos aquilo que só o coração sabe explicar, o que os olhos declaram, o que o tocar dos lábios faz aumentar numa dimensão infinita... De tão bem querer, de tão querer estar.







Deixemos que o tempo, que os ventos da bonança, que o sorriso como de uma criança assim possa perdurar.



Se deixe, se permita, se atreva, se ame, se cuide, se queira bem.



Portanto, se deixe ao outro, se permita ao outro, se atreva a estar com o outro, ame o outro, queira cuidar do outro, por querer tanto fazer feliz o outro.

Ponha uma música para tocar, dance a melodia.

Sorria por lembrar de um ontem inesquecível, inspirador.



Saboreie a vida


Cozinhe, prepare seu alimento colocando gotas de felicidade, colheradas de boas lembranças, pitadas de uma boa pimenta que te lembre o calor de um abraço de alguém de quem tanto quer bem... Não haverá melhor e mais saboroso banquete a se degustar.




E aí, sobremesa? !


Bem, adoce sua vida com uma canção que lembre um momento importante vivido com aquela pessoa, ou que aquela pessoa tenha te pedido para ouvir... Muito do que o outro quer te dizer, ou mesmo que o seu ouvido quer ouvir está presente nos trechos de uma música daquela banda preferida e que você até então não havia parado pra se atentar.


Agora, o que fazer?!

Apenas se deixe! Livre, leve e solta para ser feliz.





20 de fevereiro de 2012

Chuvas de Fevereiro


Ó chuva! Lava também esta alma, tira dela toda a dor, a presença amarga da saudade que domina esse peito.


Lava, faz transbordar, avança sobre a represa desse coração, tira dele a água imprópria ao banho que a vida costuma querer tomar.

Nesse inverno que veio visitar-me em pleno verão, foram mortos os pássaros que sobrevoavam e haviam feito ninho sobre minha cabeça. Eles cantarolaram por certo tempo, alguma canção que me fez bem, que me fazia acreditar na existência do amor, mas agora se foi, se foram...



Deixe-os ir Ella.

Ante o frio que resfria minha alma, ante a dor que povoa meu existir, há momento melhor que este para dizer Adeus?!

Ora, este é sim o momento.

E que o cinza, o colorido que virou cinzas, seja levado pela tormenta, espalhado pelo vento, que possa ir de uma vez só, para longe, para o nunca mais.

Que o tempo sepulte-o.

Que o tempo cure a ferida que em carne viva ficou a porta do meu peito, expelindo rios de sangue, sangue que se mistura as lágrimas, que se fazem um borrão rubro sobre meu travesseiro.



Tremores tomam conta da noite, mãos sentem pontas de agulha atravessando-as, são centenas delas. O ar tende a desaparecer, parece ficar sufocada... E em um impulso, uma junção de força e coragem Ella ecoa um grito e cai.


Ella permaneceu inconsciente por algumas horas. Ali, caída, com uma expressão pálida, dos seus olhos ainda fechados escorriam lágrimas.






O dia começou a clarear, a luz então invadiu seu quarto. Ella levantou-se sem saber o porquê de estar caída no chão, porém, não quis procurar razões para isso.



Para Ella, seria melhor não lembrar, afinal, ontem é passado, o que importa é viver o hoje, tão intensamente quanto puder.


“Deixarei o que foi dor para trás, não me importo se houveram alguns sorrisos, foi-se o tempo de acreditar em contos de fadas, em príncipes vindos em cavalos brancos. Agora é tempo de despertar, de viver a vida, mesmo ante as dificuldades e limitações que possam surgir, melhor viver no mundo real. O que sonhei foi apenas uma fantasia, agora me vejo de volta a terra, pronta para descobrir o novo, porém, concreto e real.”

E assim Ella fechou o diário que há meses começara a escrever, colocou-o dentro da escrivaninha velha do canto do quarto, e ali pretende deixá-lo, sem utilidade, aquilo não passava de um jornal velho.