Ela que por muitas e muitas vezes não se deixara abalar tão fácil por alguém, ainda mais por um desconhecido... Mas nesse instante que por ventura seu destino esbarrou-se o daquele anônimo, uma súbita alegria invadiu aquele coração solitário. Uma alegria inusitada, uma energia de certo modo até desconfortável, tendo em vista esse sentimento surgir sem razão ou por quê aparente. Há sobre todo o fato uma mistura de fascínio e mistério que torna a conjuntura da cena, um ato febril e alucinógeno de romance shakesperiano.
Mas eis, que diante de toda e qualquer dificuldade que ela teria de enfrentar, o combate contra outras mulheres que ambicionavam estar naqueles braços seria inevitável. Além de mais, todas sem exceção, tinham consigo artifícios que as tornavam superior, a beleza singular e rústica de nossa jovem heroína.
Ella era o nome dela, uma jovem simples, determinada e, sobretudo, sonhadora. Buscava vencer todas as dificuldades e frustrações de seus ainda vinte anos, conheceu poucos rapazes, porém, nenhum chegou a conhecê-la em totalidade, não se deixaram abraçar pelos sentimentos puros daquela menina que queria viver o amor que habitava em seu peito.
Agora a batalha de Ella seria a maior de todas, pois seus adversários eram em demasia poderosos e distintos uns dos outros, além do que, aquele guerreiro misterioso se punha com os olhos de seu coração vendados para sentimentos como os que Ella carregava.
E agora o que fazer? O que dizer, se os ouvidos de seu amado abrissem ao balbuciar dos lábios do amor, de Ella? Será que aquele desconhecido poderá enxergar Ella diante de todas aquelas que envolvida em vestes de aparências se lançavam a sua frente? Eram sem dúvida muitas perguntas e nenhuma resposta para o confuso coração de Ella.