Tempo

O tempo é realmente o condutor de nossa vida, hora mantém soberania nos obrigando viver à partir de suas regras, numa outra faz marcação cirrada sobre nossas ações, vez por outra é vítima de acusações por aqueles que se dizem prejudicados pela ação de anos passados, contudo ele (o tempo) nada mais é que um breve e enigmático senhor de barba branca e acinzentada, sentado sobre uma poltrona azul, levando ao colo uma caneta prata e um bloco de anotações, cercado por pilhas e mais pilhas de folhas brancas onde serão anotadas cada passo dado por aqueles escolhidos a aventurar-se nessa maluca encantadora viajem que é a vida.

Mesmo que pensemos o contrário, o tempo sempre corre ao nosso favor, desde que saibamos observar os sinais por ele dados. Afinal, o pior cego é aquele que não quer ver... Ou fecha os olhos à verdade.

Certa vez no Orkut...

É impressionante a capacidade que nós humanos temos de ignorar uns aos outros, os problemas do outro, e até quando o outro nos procura para iniciar um laço tão belo como amizade...

Pura falta de tempo ? Não.

Incompatibilidade ? Também não.

Apatia, desinteresse, irresponsabilidade para com o outro ? Talvez ...

Mas na realidade essa recusa em fazer parte da vida do seu semelhante nada mais é, que um misto de arrogância e prepotência,apimentado com uma boa porção de medo de descobrir que aquela pessoa é tão boa quanto você, ou até melhor. Melhor, pelo fato de ter se mostrado humilde todo o tempo, vindo em busca de sua amizade.

É caros amigos, não expresso aqui um fato alienista, pelo contrário, faço dessa breves linhas um manifesto contra o tratamento oferecido por alguns grandiosos medíocres.

Tentar

Às vezes tentamos de muitas formas expressar algo que não pode ser explicito em palavras, ainda que sejam belas e ditas com ternura. É como tentar comparar a beleza de um olhar ao brilho de uma estrela do céu, ou ainda, tentar definir o sabor de uma nuvem visto que só quem se alimenta de sonhos o pode provar.

Essas tantas tentativas revelam de fato como é indispensável viver com o olhar voltado ao céu, as coisas divinas e vistas de cima. Como as estrelas, as nuvens, os pássaros, os nossos sonhos devem ganhar a altura de nossa coragem de tentar.

Mas, porque tentar?

Talvez porque se não tentarmos, não nos lançarmos aos riscos, nada na vida terá valido a pena. A vantagem de se tentar, é que assim nos conheceremos melhor, descobriremos os nossos limites e assim teremos a chance de superá-los.

É só na tentativa de um passo, que chegamos enfim, ao desvendar do caminho onde eu me perdi de mim...

Tributo àqueles que já não vejo mais...

Não basta apenas abrirmos os olhos para ver o sol brilhar a cada um novo amanhecer.Pelo menos não apenas esse olhar físico que se escolhe o que se quer ver, que enxerga o pouco do que se põe à sua frente em aparências.

Mas sim abrir os olhos da alma, esses que vêem a alma de todas as coisas, todos os seres, todas as vidas. E não só os olhos, mas todos os outros sentidos. Não apenas ver, mas tocar, sentir, provar, fazer-se como que em um só.

O divino e o humano, o concreto e o abstrato, o celeste e o terrestre, o vivo e o invísivel... Porque do contrário do que se pensa, o oposto da vida não é a morte, mas sim a incapacidade física de enxergar o outro.

Por isso em cada amanhecer procuremos abrir os olhos do nosso espírito, despertar para novas experiências, podendo assim mantermos acesa a chama de vida daqueles que os olhos já não vêem mas no coração hão de viver sempre.

O Eu eterno...

A existência humana baseia-se no aprender diário e contínuo do crescer pessoal, resulta da atividade gradativa que relaciona o corpo e a mente como que em um só, harmonizando-os entre si. O completar-se é essencial. A procura ápice do que somos ou seríamos, é feita em cada amanhecer, no renascer e despertar de si mesmo. Essa busca concretiza-se nas experiências vivenciadas dia-a-dia, onde são dadas as respostas e esclarecimentos às tantas dúvidas e indagações que perduram no eu mais íntimo de nosso ser. Nessa jornada que é a vida, encontrar-se é tudo, ser todo em cada coisa. Deixar-se ser, caminhar de encontro ao Eu... Que fui, sou... E serei sempre, o Eu eterno.

Mudar

Mudam-se os gostos, os rostos, os usos e desuso, mas nunca a essência humana. Ela de fato, permanece a mesma. A sua natureza, suas raízes, seus ideais, permanecem os mesmos, embora camuflados envolta de aparências e opiniões de outros.

Mudar ???

Mudamos todos os dias, em gestos, atitudes e opiniões, mas é um mudança, não um recriar de si próprio. Apenas nos adaptamos a nossa realidade.

Mudar não é um ostentar de faces, criadas para surpreender admiradores superficiais, mas um assumir-se diante de um espelho, do próprio reflexo nele projetado.

É um olhar pra dentro,

um melhorar, um buscar de seu melhor...

É um encontrar de si num lugar dos outros.

O amor...

Se entendêssemos o real valor do amor, não desperdiçaríamos toda uma vida em função de meras aparências, ou de simples momentos de prazer. Não nos entregaríamos à aventuras, mas ao caminho da felicidade. E esse caminho é o amor, e o amado.

Amar absolutamente, como se fosse a última coisa a se fazer, como se não houvesse amanhã, ou como se o dia de hoje, o momento do agora, fosse eterno. Algo sem medidas, sem cálculos, nem cobranças. Um sentimento espontâneo, de livre entrega.

Algo como uma pintura viva de um pintor ausente, onde os traços de tinta parecem mover-se, ondular-se elegantemente como as ondas do mar, como num sopro de vento. O amor, enfim, é um penetrar de almas... Um encontrar de sentidos...

O sentido de Recomeçar

Recomeçar é encontrar sentido depois de quedas, é acreditar que o outro vai além do que já se viu, é amar depois da dúvida, é sorrir depois do choro, é viver a vida sabendo que poderá recomeçar tudo outra vez...